- A nossa meta de classificação para Sochi é superar Salt Lake City, que foi nossa maior delegação, ou seja, a meta é de 10 a 12 atletas. Dez foi a maior de todas, então a gente pode chegar a 11 ou 12 - afirmou Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). No Brasil, os esportes de inverno são administrados por duas entidades, a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) e a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). No ano passado, a CBDG ficou seis meses sob a intervenção da Justiça, e o antigo presidente Eric Maleson foi afastado do cargo depois de acusações de desvios de verbas, falsificação de documentos e gestão temerária. Eleito presidente depois da intervenção, o ex-atleta Emilio Strapasson tem esperanças de classificar o bobsled masculino e feminino e o luge. A única brasileira já garantida em Sochi é Isadora Williams, que conquistou a primeira vaga do Brasil na história da patinação artística.
- Nosso foco realmente é qualificar. Como a gente estava com muita dificuldade em conseguir equipamento, o fato de qualificar já vai ser uma grande vitória para nós. A gente não quer transformar nenhum esporte de inverno em esporte de massa, não tem como, a gente está cercado de sol quase o ano todo, o que a gente quer é proporcionar apoio àqueles atletas que têm o sonho de ir a uma Olimpíada e representar o Brasil - disse Emilio Strapasson. Além da patinação no gelo, o Brasil tem quatro vagas garantidas em modalidades de neve, duas no esqui alpino e duas no esqui cross-country. O país ainda tentará vagas no biatlo, no esqui aéreo e no snowboard.
- A gente já está muito bem encaminhado e temos, por exemplo, no esqui alpino cinco atletas com índice técnico disputando duas vagas, nos cross-country temos três atletas com índice para duas vagas também. No snowboard a Isabel Clark já está muito bem encaminhada para a sua classificação, então isso seria equivalente à delegação que teve em Vancouver, dali para frente tudo seria para completar o nosso objetivo, e a gente ainda tem reais chances no biatlo de inverno, no esqui aéreo e estamos trabalhando também no snowboard e no slow style - ressalta Pedro Cavazzoni, superintendente técnico da CBDN.
O período de classificação para Sochi termina no dia 19 de janeiro. O COB investe R$ 1 milhão em cada uma das federações por ano, e mantém os pés no chão quando o assunto é expectativa de resultado. - A preparação não é do tamanho da (olimpíada) de verão, mas ela é proporcional ao nosso investimento e à nossa possibilidade de resultado e classificação - concluiu Marcus Vinícius.